"Deus me livre": Tallis Gomes sobre mulheres CEO
A frase "Deus me livre" expressa um sentimento de incrédulo, quase de espanto, diante de algo que parece improvável ou até mesmo indesejável. É nesse tom de humor, mas também de crítica social, que a empreendedora Tallis Gomes, fundadora da plataforma de ensino online Talents.com, aborda a questão da presença feminina no comando das empresas.
Em uma entrevista recente, Gomes afirmou: "Deus me livre de ser CEO. É uma posição muito difícil, com muita responsabilidade. Acho que a mulher precisa ter muita força para lidar com isso."
Essa declaração, que inicialmente soa como uma piada, reflete uma realidade complexa. Apesar de cada vez mais mulheres ocuparem cargos de liderança, o caminho ainda é longo e árduo. A frase de Tallis Gomes revela a pressão social que ainda pesa sobre as mulheres, especialmente em um ambiente corporativo tradicionalmente masculino.
A luta por um lugar à mesa
O preconceito e a discriminação de gênero continuam a ser barreiras significativas para as mulheres que buscam ascender na carreira. Estudos demonstram que mulheres CEO enfrentam mais obstáculos para conseguir financiamento, lidar com investidores e conquistar a confiança de seus colaboradores.
A jornada de uma mulher que assume o comando de uma empresa é marcada por desafios e expectativas duplas. Ela precisa provar sua competência e capacidade de liderança com mais intensidade do que seus colegas homens, muitas vezes lidando com comentários e comportamentos desrespeitosos, além de ter que conciliar as responsabilidades profissionais com as responsabilidades familiares.
Um olhar para o futuro
Apesar dos desafios, o número de mulheres CEO vem crescendo, impulsionado por uma nova geração de líderes que questionam os padrões tradicionais e defendem a igualdade de oportunidades. As iniciativas de mentoria e apoio ao empreendedorismo feminino também têm contribuído para fortalecer a presença feminina no mercado.
A frase de Tallis Gomes, apesar de sua aparente crítica à posição de CEO, pode ser interpretada como uma crítica à cultura corporativa, que ainda não oferece condições justas e equitativas para o desenvolvimento da liderança feminina.
É preciso reconhecer que o papel da mulher na sociedade está em constante transformação. As mulheres estão desafiando os limites, rompendo barreiras e ocupando espaços que antes eram considerados exclusivos para os homens. É preciso quebrar o tabu e promover um ambiente de trabalho que valorize a diversidade, a inclusão e a equidade de gênero.
A frase "Deus me livre" pode ser um grito de alerta, um convite para que as empresas e a sociedade em geral reflitam sobre os obstáculos que as mulheres ainda enfrentam. Mas, acima de tudo, é uma chamada para construir um futuro onde a liderança feminina seja a norma, não a exceção.
